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Pedagogia do Campo

No dia 24 de abril de 2013 os povos do campo comemoraram mais uma vitória:  neste dia teve início o Curso de Pedagogia -Turma Especial para Educadores do Campo, parceria entre a Universidade Estadual de Maringá-UEM, os Movimentos Sociais Populares do Campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária-PRONERA. O curso, com duração de 4 anos, será oferecido em regime de alternância (com períodos em Tempo Escola/Universidade e períodos em Tempo-Comunidade), e oferecerá uma formação diferenciada. Além da carga horária e dos conteúdos obrigatórios por lei, os educandos contarão com conteúdos específicos, demandados em função da sua atuação no campo.

O ingresso no curso se deu mediante um processo seletivo específico, que envolveu uma Prova de Conhecimentos Específicos (conhecimentos do ensino médio) e Memorial Descritivo. Foram 77 inscritos, dos quais 58 passaram na seleção e 39 se matricularam (assentados e acampados da Reforma Agrária de várias regiões do Paraná, e ainda dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rondônia).

A solenidade de abertura ocorreu no dia 24 de abril, na UEM, com a presença da vice-reitora da UEM, profa. Neusa Altoé.

A aula inaugural, com o tema: “Formação de Educadores do Campo”, foi ministrada pelo convidado Prof. Ms Marcos Gehrke, Professor Titular da Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO (Guarapuava), que foi membro da coordenação do primeiro Curso de Pedagogia da Terra do Paraná (UNIOESTE, Campus de Francisco Beltrão) e atualmente coordena o Curso de Licenciatura em Educação do Campo da UNICENTRO (Campus de Guarapuava).

O curso vem atender a uma demanda das comunidades do campo, organizadas na Articulação Paranaense por uma Educação do Campo, que iniciou o diálogo com a UEM em 2001, buscando a formação de educadores para atuarem nas escolas do campo. Com o reconhecimento legal das Escolas Itinerantes no Paraná, em 2003 (escolas localizadas nos acampamentos de reforma agrária), novas demandas surgiram.

Durante o Tempo-Escola/Universidade, as aulas estão ocorrendo na UEM e na EMS (onde ocorrem também os demais tempos educativos). No Tempo-Comunidade, os educandos tem atividades orientadas a desenvolver em seus assentamentos e acampamentos, como levantamentos, leituras, fichamentos e observações, e apartir do terceiro semestre, também estágios. Serão duas etapas por ano (cada etapa é composta por Tempo-Escola/Universidade e Tempo-Comunidade).

As aulas são ministradas por professores da UEM e alguns professores convidados, e os educandos são acompanhados por professores orientadores, que constituem um Coletivo de Acompanhamento Pedagógico.

No final de 2013 foi elaborado o Projeto PIBID-DIversidade, aprovado em edital da CAPES, cujas atividades iniciaram em abril de 2014, contemplando todos os educandos da turma. O projeto incidiu na inserção dos educandos em escolas do campo, e na complementação da formação, com enfoque na docência. Algumas dessas atividades ocorreram como eventos de extensão, como os "Ciclo de Estudos Complementares à Formação do Educador do Campo", com 3 edições, entre 2014 e 2015 (veja mais aqui).

Alguns momentos marcantes: II Festival de Artes das Escolas de Assentamentos do Paraná ( 6 a 10/10/2013, Curitiba – Paraná, atividade promovida pela Rede Escolas de Assentamentos de Reforma Agrária-REARA; participação na Comissão Organizadora do evento - secretaria  e monitoria às escolas participantes); organização da Ciranda Infantil na 13a. Jornada de Agroecologia (21 a 24/05/2014, EMS, Maringá-PR); VII Encontro Estadual de Educadoras e Educadores da Reforma Agrária do Paraná (setembro/2015, Cascavel-PR); II Encontro Nacional de Educadores da Reforma Agrária (setembro/2015, Luiziania-GO).

 

 

 

 

 

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