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FUNCIONAMENTO

"O cotidiano será, um dia ou outro, a escola da desalienação" (Milton Santos).

 

A Escola Milton Santos dispõe de sala de aula, auditório, biblioteca, laboratório físico-biológico (em fase de instalação), telecentro, alojamento, refeitório, lavanderia e casas destinadas aos educadores e às famílias de trabalhadores que residem na escola. Para o lazer, oferece um campo de futebol gramado, uma quadra de vôlei de areia e um parque infantil. Além disso, desenvolve a produção agroecológica em diversas frentes (ver PRODUÇÃO).

O seu uso demanda a dedicação integral de 30 trabalhadores residentes no local, em diversos setores (administrativo, pedagógico, infraestrutura e produção). Todos os que frequentam os cursos se encarregam da limpeza e da manutenção do espaço coletivo.

A Escola Milton Santos é uma escola popular, não estando oficialmente integrada à rede pública de ensino. Seus cursos formais são oficialmente reconhecidos por meio das parcerias com instituições públicas de ensino. Os cursos escolares recebem apoio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA). A manutenção financeira da escola se dá por meio de projetos, doações, comercialização da produção próprio e trabalho voluntário.

 

REPRESENTAÇÃO LEGAL

Vinculada ao Instituto Técnico de Educação e Pesquisa da Reforma Agrária-ITEPA, com sede em São Miguel do Iguaçu-PR, a EMS tem seus trabalhadores representados na Associação de Trabalhadores na Educação e Produção em Agroecologia Milton Santos-ATEMIS, fundada em janeiro de 2007. A ATEMIS é composta por pequenos agricultores, camponeses, educadores e educandos do campo do Estado do Paraná, e tem por objetivo geral estimular o desenvolvimento comunitário e cultural, o desenvolvimento agrícola, a agroecologia e o desenvolvimento sustentável, desenvolvendo atividades de educação, capacitação e pesquisa, conforme explicitado em seu estatuto.

A dinâmica de funcionamento da escola proporciona o envolvimento de todas as pessoas nas atividades práticas, no estudo e na convivência no coletivo da escola, a reflexão sobre sua intencionalidade pedagógica e a relação com práticas formativas desenvolvidas em outros tempos e espaços.

A Escola Milton Santos estabelece uma relação com movimentos da Via Campesina Paraná (VC), como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Instituto de Educadores Populares (IEEP), Escola Latino-Americana de Agroecologia, Terra de Direitos e Acampamentos Terra Livre, em que estes estabelecem as principais demandas de atividades em vista de seu fortalecimento organizativo, sobretudo no aspecto do desenvolvimento dos assentamentos na perspectiva da sustentabilidade. Deste modo, a Escola se soma na dinâmica organizativa destes movimentos, sendo inclusive indicadas por eles as pessoas que compõem o quadro de trabalhadores.

A relação com as famílias acampadas e assentadas se dá através da sua organização enquanto movimento social, mas também através de ações mais diretas entre Escola, comunidade e famílias como no acompanhamento das atividades pedagógicas práticas orientadas dos educandos.

Além desta relação com a base  dos movimentos sociais do campo, há uma intensa interação com a comunidade do entorno, compreendendo-se principalmente a região metropolitana de Maringá. A Escola Milton Santos tem recebido a população de modo geral e organizações e instituições para inúmeras visitas e seminários; para atividades artístico-culturais e lazer (esporte, filmes, festas etc); para divulgação e comercialização de produtos ecológicos.

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